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Os simulados realmente aumentam o desempenho dos estudantes?
Publicado em 09 de março de 2022
O acesso ao Ensino Superior no Brasil se dá por meio do Enem e de vestibulares, com previsão legal estabelecida na LDB, Lei de Diretrizes e Bases da Educação.
A lei institui os vestibulares e os processos seletivos quando afirma que os estudantes concluintes do Ensino Médio deverão ser aprovados em processo seletivo como forma de acessar o Ensino Superior.
Visando a preparar os estudantes do Ensino Médio e dos anos finais do Ensino Fundamental para realizar as provas, grande parte das escolas promove simulados do Enem e dos vestibulares. Neste post, vamos debater os resultados reais desse tipo de prova realizada na instituição escolar e analisar se, de fato, possuem algum resultado no desempenho dos estudantes. Confira!
Modificações no acesso ao Ensino Superior no Brasil
O inciso II do Artigo 44 da LDB, Lei 9394 de 1996 foi alterado e mudou o termo vestibular para processo seletivo, especialmente em razão das outras formas de acesso existentes que não exclusivamente as provas classificatórias das universidades, que, por muito tempo, foram a única forma de classificação.
Essa modificação foi feita especialmente para formalizar o Enem como acesso unificado em todo o Brasil. Embora tenha sido criado com objetivo de avaliar o desempenho dos estudantes no Ensino Médio e da Educação Básica brasileira, o Exame se transformou em um dos principais meios para acessar a universidade.
Assim, os estudantes brasileiros podem ter acesso ao Ensino Superior por meio da nota do Enem, do Sisu, que é o Sistema de Seleção Unificada. Esse sistema foi criado para selecionar os estudantes por meio da nota do Enem para as universidades de todo o país.
Dessa forma, os estudantes podem se inscrever em até dois cursos em todo o Brasil, sem a necessidade de se deslocar para fazer a prova de vestibular. No entanto, o Sisu tem o objetivo de selecionar estudantes apenas para as instituições públicas, o que não impede as universidades privadas de utilizarem a nota do Enem.
Atualmente, as universidades públicas reservam 50% de suas vagas para estudantes oriundos da rede pública de ensino, seguindo as diretrizes do governo federal por meio da Lei 1271 de 2012.
Todas essas modificações, somadas ao Novo Enem e Novo Ensino Médio, também exigem que as escolas de Educação Básica se preparem para garantir que os estudantes aumentem, ao máximo, suas chances de ingressarem na universidade. Os simulados têm sido uma forma de preparar os jovens para a etapa universitária.
A importância dos simulados na Educação Básica
Embora a maioria das instituições de ensino respeitadas do país invistam tempo e muita dedicação na realização dos simulados por seus estudantes, ainda há divergências sobre os resultados reais que esse tipo de prova consegue obter na aprovação dos estudantes.
Isso porque, se realizados de forma não planejada, os simulados podem significar ainda mais pressão emocional sobre os adolescentes e até prejudicar os resultados na hora das provas.
No entanto, a questão é que, tanto o Enem quanto os vestibulares, sobretudo das grandes universidades, são provas muito bem elaboradas e com características específicas, por isso as chances de um estudante que nunca fez um simulado ter ótimos resultados pode ser significativamente menor do que outro que já conhece como a prova é formulada.
A ideia básica dos simulados é que o estudante aprenda como resolver questões com o grau de complexidade das que costumam ser propostas no Enem e nos vestibulares, além de ajudá-lo a compreender o estilo da banca que formula as provas.
Vantagens de propor simulados aos estudantes
O fato é que os simulados não podem ser vistos nem pensados pela escola como meros treinamentos para que os estudantes realizem provas de acesso ao Ensino Superior. Se a proposta for feita dessa forma, a tendência é que eles não reflitam sobre seus erros e sobre a possibilidade de melhora dos resultados.
Por isso, é primordial que a escola faça um planejamento detalhado sobre como os simulados serão propostos. Os resultados devem ser debatidos e, se necessários, novos planejamento devem ser feitos. Além disso, é importante apresentar a importância dessas provas. Tudo deve ser feito com muita clareza para as famílias e para os próprios estudantes.
Desde que implantadas de forma a contribuir com o aprendizado, as vantagens de realizar simulados com os estudantes são inúmeras. Confira algumas delas acompanhando a leitura!
Analisar enunciados longos e complexos
Uma das características do Enem são os enunciados longos e bastante complexos. Muitos estudantes nunca tiveram contato com esse tipo de prova e precisam se acostumar a ler textos longos para, só então, compreender o que está sendo perguntado.
Assim, os simulados feitos com enunciados similares ao Enem ou utilizando provas anteriores do certame podem contribuir muito para que o estudante esteja preparado para esse tipo de desafio.
Os enunciados longos deixam de assustar os adolescentes, que também conseguem interpretar mais facilmente o que de fato está sendo pedido na questão e conseguem responder de forma assertiva.
Interdisciplinaridade nos enunciados e nas questões
O Enem costuma construir questões que envolvem diversas disciplinas. As perguntas de História e Literatura, por exemplo, costumam envolver Artes e Geografia, além de Linguagem.
Como a escola ainda é dividida em grades disciplinares mais específicas para facilitar a abordagem dos conteúdos, os simulados contribuem muito para que o estudante consiga interligar os conhecimentos e responder com maior facilidade às questões interdisciplinares.
Lidar com o cansaço ao longo da prova
Tanto o Enem quanto os vestibulares costumam vencer muitos jovens pelo cansaço. Esse cansaço não diz respeito somente ao período de intensa pressão emocional pela aprovação, mas também por serem provas longas, com grandes enunciados e que exigem foco e atenção por muitas horas.
Quanto mais os estudantes estiverem acostumados a resolver provas simuladas, maiores as chances de que o foco seja mantido durante as provas, e de que o cansaço, tanto físico quanto emocional, não seja um empecilho para a aprovação.
Embora seja inegável que os simulados podem ser grandes aliados dos estudantes, é fundamental que a escola saiba como aplicar e trabalhar as provas. As conversas e os atendimentos aos jovens são fundamentais para que os adolescentes sintam que a escola está ao lado deles e que eles podem contar com professores e gestão no caminho para a universidade.
Dessa forma, ao invés de sentirem a escola como mais um elemento de pressão e complicações emocionais, os estudantes podem ter um espaço para tirar dúvidas, aprender que a aprovação envolve um longo caminho e que as dificuldades podem ser superadas com apoio profissional.
O Sistema Poliedro conta com um módulo específico de simulados. Os estudantes têm ampla oportunidade de desenvolver os conhecimentos sobre as provas de acesso ao Ensino Superior e recebem amparo para lidar com uma das fases mais importantes de suas vidas: a aprovação para a universidade!
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