Práticas Pedagógicas
Qual é o papel da escola na inclusão?
Publicado em 06 de abril de 2021Atualizado em 03 de novembro de 2022.
Garantir a inclusão de todos os estudantes é um dos grandes desafios atualmente enfrentados pelas escolas. Além das diferenças culturais e sociais entre os jovens, as instituições de ensino também devem estar preparadas para garantir todo o suporte necessário a crianças que apresentem qualquer tipo de necessidade especial.
O princípio básico dessa prática é baseado na Declaração Universal dos Direitos Humanos, que define que “todo ser humano tem direito à educação”. A inclusão escolar, além de assegurar esse direito, também tem o importante papel de auxiliar no desenvolvimento socioemocional das crianças com necessidades especiais.
É papel do corpo docente idealizar atividades que atendam e incluam esse estudante considerando as suas habilidades e limitações. O objetivo final é oferecer uma educação que atenda às necessidades individuais desses jovens.
Também cabe à escola trabalhar com essas diversidades, de forma que esses estudantes sejam incluídos nesse processo ensino-aprendizagem, garantindo sua convivência e a integração, favorecendo assim a diversidade no ambiente escolar.
O cuidado com o estudante dentro da sala de aula
O professor deve buscar entender as necessidades dos estudantes e definir quais são as habilidades que devem ser desenvolvidas por esse jovem. Durante o planejamento, é preciso estudar quais atividades serão realizadas, quais materiais serão utilizados, o que precisa ser adaptado e quais habilidades serão desenvolvidas.
Atividades realizadas em duplas ou em grupos garantem a inclusão desses estudantes. Assim, o educador cria um ambiente de cooperação e interação entre os jovens, promovendo o respeito à diversidade.
O professor também deve ter a consciência que alguns estudantes podem ter dificuldades em acompanhar o ritmo da turma e estar pronto para intervir nas atividades que eles ainda não possuam autonomia para desenvolver sozinhos. Caso não seja possível, as atividades devem se adaptar de acordo com a limitação da criança.
O relacionamento com a família
Na educação inclusiva, a escola e a família têm papéis complementares no processo de ensino e aprendizagem. A família é a primeira responsável pela educação do jovem. Ela é parte integrante do seu processo de desenvolvimento, principalmente quando se trata de uma criança com necessidades especiais.
Já a escola é responsável por estimular a socialização dessas crianças e democratizar o acesso ao conhecimento. Dessa forma, é fundamental haver uma relação de colaboração e confiança entre a escola e a família.
O diálogo entre ambos deve ser amplo e constante, um relacionamento estreito permite uma participação mais próxima dos pais no acompanhamento do tratamento e no processo educacional de seus filhos.
O professor não deve estar sozinho nessa iniciativa, cabe à escola dar o primeiro passo para que a parceria com a família possa acontecer de forma efetiva. Somente assim é possível garantir aos estudantes com necessidades especiais o direto à educação.