Gestão Escolar
Saúde emocional – Aluno e família
Publicado em 30 de junho de 2020Atualizado em 03 de novembro de 2022.
O mundo todo está passando por um período de incertezas e medos, e é impossível ignorar o grande impacto que esse momento tem na saúde mental das pessoas. No caso de crianças e adolescentes, esse impacto é ainda maior.
Agora, mais do que nunca, a escola tem o papel importante de oferecer suporte emocional para os alunos e familiares, ainda que seja a distância. Esse apoio pode ser feito de diferentes formas, como por meio de atividades, compartilhamento de informações e acompanhamento psicológico.
Todos que já passaram pela adolescência sabem como essa é uma fase difícil. São muitas angústias no Ensino Médio: a escolha de uma carreira, vestibulares, o início da vida adulta, a saída da casa dos pais.
Com a internet cada vez mais presente na vida das pessoas, os jovens acabam expostos a todo tipo de informação, mas quase sempre de forma superficial. Além disso, alguns pais tentam proteger os filhos todo o tempo, o que acaba deixando-os fragilizados e despreparados para enfrentar problemas, enquanto outros pais cobram muito de seus filhos.
Por conta de todos esses fatores, é cada dia mais normal encontrar alunos sofrendo de sérios transtornos psicológicos e até obrigados a utilizar remédios. É comum o orientador se ver obrigado a se afastar do lado pedagógico, focado nos estudos, para dar um apoio mais emocional para seus alunos.
Alunos em tempos de isolamento social
Estávamos vivendo em uma realidade em que o aluno estava fragilizado, mas a partir do instante que entramos em uma fase que foi necessário o distanciamento social, as coisas ficaram ainda mais complicadas.
Normalmente, os jovens têm uma certa tendência a ser afastarem da família durante a adolescência, pois esse é o auge de suas vidas sociais. Mas no momento que entramos na quarentena, eles acabaram perdendo o contato com amigos e colegas, gerando muita apreensão.
Essas incertezas se intensificam ainda mais para alunos dos últimos anos do Ensino Médio, que não sabem ou ficam com receio sobre o que pode acontecer com os vestibulares e com a prova do ENEM. Muitos desses alunos ainda encontram dificuldades em manter uma rotina de estudos fora da escola.
Dificuldades no ambiente familiar
Com o isolamento social, os alunos também tiveram de se adaptar a uma nova rotina, na qual eles são obrigados a conviver 24h com os pais dentro de suas casas.
Muitas famílias já eram desestruturadas, muitas outras agora podem passar por momentos complicadíssimos, como desemprego e doenças. Todos esses fatores geram um clima familiar ainda mais pesado.
É importante que a escola engaje a família em cada etapa dessa nova cultura de aprendizagem. É possível convidar os pais e responsáveis para reuniões virtuais, em que podem ser abordados temas como transformação digital, saúde, ansiedade e o uso das ferramentas disponíveis.
Como fazer o acompanhamento da saúde emocional dos alunos
Como comentamos no começo do texto, é essencial que orientadores ofereçam apoio aos alunos. A primeira coisa que deve ser feita é conversar com os jovens, para que eles exponham seus sentimentos, anseios e reflitam.
Mas diversas outras atividades também podem ajudar nesse processo, como meditação, roda de conversa e momentos de troca de informações com os colegas. O importante é que haja um atendimento mais humanizado, com mais sensibilidade.
Os coordenadores também devem orientar os alunos em como manter uma rotina de estudos e utilizar da melhor maneira possível as ferramentas digitais. Os jovens são habilidosos com tecnologia, mas muitas vezes não sabem usar todas os instrumentos que têm a seu dispor.
Não podemos esquecer de oferecer orientação pedagógica aos pais. Esse ponto, que sempre foi muito importante, é ainda mais relevante durante esse período de isolamento social. Com os pais, é possível abordar assuntos como saúde mental, saúde da adolescência, entre outros.
Desenvolvimento de atividades escolares
Manter uma rotina parecida com a que o aluno tinha presencialmente na escola tem um papel importante em manter a estabilidade emocional do estudante durante o período de isolamento. Com estrutura remota forte é possível sugerir diversas atividades que vão envolver os alunos e ajudá-los a desenvolver uma rotina de estudos.
As atividades devem ser planejadas previamente pelo professor com o apoio da coordenação pedagógica, para ser definido como as atividades serão aplicadas e quais serão os prazos para as devolutivas dos alunos e dos professores.
Quando estamos falando sobre alunos do Ensino Infantil, deve haver um equilíbrio na quantidade de atividades enviadas, para não sufocar as famílias. Muitos pais estão trabalhando e não conseguem dar conta de realizar atividades com os filhos. Crianças não têm autonomia e precisam de auxílio até mesmo para as coisas mais simples, como comer e tomar banhos. Por isso, é necessário um cuidado extra na hora de desenvolver as atividades para esses alunos. É muito importante também deixar claro para os pais o propósito e a importância das atividades propostas.
Sistema Poliedro e apoio às escolas parceiras
Entre essas ferramentas estão plataformas digitais e aplicativos que agregam videoaulas, exercícios, conteúdos complementares e outros recursos interativos que possibilitam o contato direto entre professores e alunos.
Além disso, o Poliedro faz um acompanhamento de perto com os coordenadores das escolas parceiras. Todas as semanas acontecem conversas focadas na formação de coordenadores. Durante as sessões, são abordados avaliações, resultados e introduções de temas pedagógicos. Tudo para que os coordenadores das escolas parceiras tenham todas as ferramentas a mão para oferecer o melhor suporte pedagógico possível para alunos e familiares.
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