STEM: Saiba como utilizar esta abordagem em sala de aula

Buscamos, a cada dia, transformar as aulas em um espaço inovador e criativo para as crianças e os adolescentes, com o objetivo de manter os estudantes interessados no ambiente escolar e envolvidos em suas tarefas.

Entre as diversas abordagens que vêm surgindo, falaremos, neste texto, sobre o STEM, sistema de aprendizagem que visa entrelaçar conhecimentos diferentes, como ciência, matemática, tecnologia e engenharia, de forma criativa. Assim, para saber o que é STEM e de que forma este pode contribuir para melhorar as aulas, continue lendo este texto!

O que é STEM?

STEM é uma abreviação para Science, Technology, Engineering and Mathematics. O foco principal dessa abordagem é unir conhecimentos de ciências, tecnologias, engenharia e matemática em um só projeto de aprendizagem. Partindo da união de conhecimentos, o STEM é uma boa alternativa para a construção de parte dos Itinerários Formativos, componentes do Novo Ensino Médio. Leia mais sobre os Itinerários Formativos no link!

Trabalhar a abordagem STEM envolve lançar um desafio aos estudantes e monitorar o desenvolvimento da resolução prática deste, mediando e trazendo novos conhecimentos para que a turma consiga chegar ao objetivo esperado pelo professor.

Ao contrário do que podemos imaginar, não é necessário um laboratório super equipado ou muitos recursos tecnológicos à disposição dos estudantes para que o STEM seja utilizado em aula. Essa é uma das vantagens da abordagem, que pode ser implementada mesmo em escolas sem tanta estrutura e ferramentas, como ocorre em alguns lugares do país, especialmente na Rede Pública de ensino.

Como aplicar o STEM em sala de aula?

Sendo considerada uma abordagem pedagógica com foco na aprendizagem criativa, a STEM é aplicada através de oficinas temáticas. Uma ótima ideia para aplicar essa ferramenta é realizar uma Feira de Ciências em formato STEM, aproveitando para explorar a interdisciplinaridade e a aprendizagem ativa dos estudantes. Saiba mais sobre as metodologias ativas clicando aqui!

O objetivo é sempre desenvolver uma inovação científica que resolva um desafio proposto. Um exemplo de oficina STEM é lançar à turma uma tarefa, como construir um equipamento que separa lixo reciclável de forma automatizada.

O interessante dessa abordagem são as hipóteses elaboradas pelos estudantes para solucionar os problemas.

O passo seguinte é a criação de protótipos, que podem ser feitos a partir de material reciclado. Assim, as crianças são capazes de pensar em como funcionaria uma máquina que separa lixo e podem fabricar o equipamento com material reciclado.

Sugestões para criar uma oficina de STEM

Como em qualquer metodologia, não há uma forma certa de aplicar o STEM no cotidiano escolar. Por essa razão, torna-se importante que os professores elaborem os desafios de acordo com o contexto da escola e a idade das crianças ou adolescentes. 

Aqui, apresentamos uma sugestão que pode colaborar para a implementação do STEM:

Grupos produtivos de trabalho

Os grupos de estudantes para a elaboração de trabalhos nas oficinas STEM precisam ser pensados de forma a garantir que haja avanço na aprendizagem de todos os membros. Quando o professor não realiza a intervenção para a montagem dos grupos, a tendência é que os estudantes, que costumam se relacionar com outros educandos do mesmo nível de desenvolvimento, permaneçam juntos, resultando em grupos que possivelmente não vão contribuir tanto com o desenvolvimento dos estudantes.

Nesse sentido, deve-se separar em um mesmo grupo estudantes de diversos níveis de aprendizagem. Quem não sabe ler deve ficar com quem já lê. Estudantes com maior dificuldade em cálculos precisam atuar com outros que realizam as operações matemáticas com mais facilidade. Já os educandos com mais habilidades comunicativas podem trabalhar em conjunto com outros mais retraídos.

Levantamento de hipóteses

Uma boa forma de iniciar a oficina é: ouvir as perguntas dos estudantes, que, possivelmente, vão levantando hipóteses e possibilidades. Não é problema que os estudantes, em um primeiro momento, inventem algo que não funcione ou que apresente um problema para o desenvolvimento do projeto.

O grande ganho para a aprendizagem na abordagem STEM está relacionado às perguntas feitas pelos estudantes, pois os questionamentos levam a turma à reflexão, à pesquisa e à aquisição de conceitos úteis para a vida escolar e social.

Montagem do projeto

É importante saber que o projeto STEM é apenas um protótipo. Dessa forma, ele pode ser feito de papel, de papelão ou outros materiais recicláveis. O fundamental é que as crianças ou adolescentes demonstrem o que aprenderam através dessa montagem e como o objeto servirá para resolver o desafio.

Os grupos deverão expor seus projetos, que em geral ficam bastante diferentes uns dos outros. Nesse momento, é possível que a turma escolha a invenção mais interessante e trabalhe coletivamente no seu desenvolvimento.

STEM: integração e divisão de tarefas

Além de todo desenvolvimento para resolução do desafio, o grande ganho para as crianças ou adolescentes durante as aulas realizadas com base na abordagem STEM é a integração entre componentes diversos do conhecimento, facilitando a flexibilização curricular, tão necessária em tempos como os que estamos vivendo, pós-pandemia. Saiba mais sobre flexibilização curricular aqui!

Assim, os estudantes poderão sair das oficinas mais aptos a aplicar os conceitos estudados e pesquisados durante o projeto escolar em situações da vida. A utilidade dos estudos faz com que as crianças e adolescentes passem a se interessar mais pela aprendizagem.

A divisão de tarefas dentro dos grupos tem grande valia para as turmas. Enquanto um estudante pesquisa, outro pode desenvolver os protótipos e um terceiro pode escolher os materiais. Esse trabalho colaborativo permite que os educandos compreendam que todos desempenham papéis importantes na atividade e contribuem para o resultado final.

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